Quando decidi me aventurar pelos labirintos das relações internacionais, no distante ano de 2001, era quase inevitável que uma figura como Sérgio Vieira de Mello se tornasse uma referência, fonte de inspiração. Naquela época, ainda imaturo, mal compreendia a profundidade das palavras “missão de paz” ou “humanidade”, peacebuilding ou qualquer outro termo das RI, mas algo nele me tocava e dava perspectiva, visão. Talvez fosse o olhar de um homem que não se limitava a defender um país ou uma ideologia, mas se dedicava àquilo que ele considerava ser o maior de todos os serviços: a construção de um mundo melhor, mais justo, mais humanitário. Pouco pensei em ser diplomata ao longo de meus estudos, pois havia um anseio pelas Nações Unidas, ainda que com o passar do tempo isso tenha tomada outras direções. Sérgio, com seu sorriso discretamente seguro e sua postura serena, possuía algo que transcendia a diplomacia tradicional para mim. Não era apenas um diplomata, não era apenas um “servidor da...
Esta página é um arquivo virtual que reúne minhas reflexões sobre minha mobilidade acadêmica na Bósnia e Herzegovina durante os anos de 2023 e 2024. Os textos aqui apresentados são impressões pessoais, não se propondo a representar a realidade de forma absoluta, mas um convite à reflexão sobre essa experiência.